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" PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA "




Mergulhe no mundo de...


Emília Beatriz Maria Ferreiro Schiavi




Psicóloga argentina,radicada no México,Emília Ferreiro fez seu doutorado na Universidade de Genebra,sob a orientação de Jean Piaget. Seus trabalhos experimentais deram origem à teria da  Psicogênese do Sistema de Escrita e ao chamado Construtivismo pós-piagetiano. Ferreiro procurou saber como se dá a construção da linguagem escrita na criança e concluiu que a escrita não resulta de simples uma cópia de um modelo externo,mas é preciso de construção pessoal. A educadora considera que as limitadas condições socioeconômicas tem influência decisiva  no processo de aprendizagem das crianças,principalmente daquelas que crescem em ambientes que há pouca informação disponível sobre a língua escrita.

 CONTRIBUIÇÃO  E COLABORAÇÃO AO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.

O caráter de suas investigações é psicológico e não pedagógico ,o seu enfoque é a explicação de como se aprende a ler e escrever e não a criação de um novo método de alfabetização,tarefa específica do educador.
Os estudos psicogenéticos  de aquisição da leitura e da escrita realizados por Emilia Ferreiro nos desafiam ainda a repensar nossos princípios pedagógicos e a rever nossos concepções de conhecimentos,ensino e aprendizagem.

 GRANDES  ÊNFASE  AO LONGO DE SUA OBRA.

O sujeito que chega à escola já possui notável conhecimento da língua materna vive em um mundo de escrita e pensa  sobre o processo da escrita. O processo da  aquisição da linguagem precede aos limites escolares. O ponto de partida de toda aprendizagem é o aprendiz. O ponto de partida são as condições em que se  encontra o sujeito no momento de receber o ensino, ao invés  de começar preocupações  com o que nós queremos que o aluno aprenda. A escrita é um sistema representação da linguagem e a leitura é a interpretação. O conhecimento que temos sobre um objeto não é o objeto;é a nossa maneira de interpretá-lo. O conhecimento que o sujeito  tem da leitura e da escrita não equivale ao conhecimento convencional. O sujeito possui hipóteses originais, não ensinadas pelos adultos e/ou pelos professores.


SISTEMA ESCRITO CONVENCIONAL EM UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA.

O fundamental na aprendizagem é a ação do sujeito,a ação de pensar sobre o objeto do conhecimento,aprender pensando. A aprendizagem é principalmente exploração e descoberta e o professor é um organizador de experiências que possibilita o encontro do sujeito que pensa com o objeto que é o conhecimento da língua escrita. Também organiza situações funcionais e significativas para estimular e facilitar a aprendizagem.É um pesquisador,organiza atividades,observa,testa seu referencial teórico na sala de aula,observa o processo de construção de pensamento do aluno. É indispensável oferecer materiais de leiturae oportunidades reais de escrita na escola,principalmente para pessoas de baixa renda por não possuir em casa e é no convívio com a escrita que o aluno entra em contato com os conflitos e vai formulando novas hipóteses para compreendê-la.

REFLEXÕES SOBRE A ALFABETIZAÇÃO.

Suas teorias oferece ideias das quais é possível repensar as praticas escolar da alfabetização,por meio dos resultados obtidos nas suas pesquisas  cientificas. Teve o privilégio de ser orientada e colaboradora de Jean Piaget. Realizou suas pesquisas sobre alfabetização na Argentina, país onde nasceu e no México.
Anteriormente suas pesquisas, sobre a crença implícita quanto a questão de  alfabetização era  que tal processo começava e terminava na sala de aula e que a aplicação  do método correto garantia o controle do processo de alfabetização dos alunos. Rompedo o imobilismo lamuriento e acusatório,impulsionando um esforço coletivo na busca de novos caminhos para que o educador rompa o circulo vicioso da reprodução do analfabetismo.





Suas reflexões!!!




Segundo Emília Ferreiro, as crianças tinham que ter liberdade para pensar, que não fosse imposto para elas um pensamento e elas o aceitassem pacificamente





Os livros de Emília Ferreiro chegaram aqui nos anos 80 e logo alcançaram grande repercussão.






Quebra de Paradigma





Grande marco na Educação.




A obra traz uma análise dos métodos de aquisição da leitura e escrita por parte das crianças em detrimento do já conhecido pelas mesmas, levando-se em conta o contato anterior com sua língua materna. Calcadas por um problemático de fundo, as autoras trazem dados da UNESCO sobre alfabetização no mundo referente ao ano de 1974, dentre os quais destacamos o fato de dois terços do total de alunos repetentes estarem nos primeiros anos de escolaridade, dentre outros dados. O texto traz também, antes de sua real discussão, um enfoque sobre polêmicas referentes ao fracasso escolar de alguns alunos, questionando, neste ponto, o fato disto acontecer principalmente com indivíduos de classe econômica desprivilegiada, desmistificando questões até então tratadas como vilãs causadoras da substrução que permeia a América Latina.
Este tratamento social inicial é fundamental para o entendimento da proposta feita pelas autoras, pois começa a derrubar o papel passivo da criança no processo de lecto escrita. Questiona-se em um dado momento, métodos utilizados por alfabetizadores que trabalham de forma diferenciada. É apresentado o método sintético, processo que sai das partes para o todo das palavras e no qual as mesmas são inicialmente tratadas de forma mecânica; e também o método analítico, que contrariamente sugere uma primeira visão global das palavras e só em seguida um detalhamento. As críticas feitas a ambos são seguidas da forma como os estudos sobre este campo de trabalho evoluíram, chegando a psicolingüística contemporânea, apoiadas em Gramática Generativa (Noam Chomsky – 1974 1976), o texto passa a explorar o argumento de que o prévio conhecimento da língua materna é essencial na discussão de como se aprende ler.
Merece aqui um parecer importante, a ênfase dada a Piaget, que vem calçar a idéia das autoras, validada quando ocorre tanto por Chomsky como pelo próprio, uma distinção entre competência e desempenho, características tais até então homogeneizadas pela ignorância que despreza o “saber lingüístico da criança”.
O foco do texto, como já foi dito, explora idéias que tentam explicar a aquisição da lecto escrita, e quando Piaget é citado para apoiar que as crianças aprendem sob suas ações sobre os objetos do mundo (sujeito piagetiano), parece que o mesmo falou sobre o tema central de tal discussão, o que não ocorreu; na verdade sua “teoria” instiga e valoriza este tema, ainda mais no que se refere a “assimilação” visto que por tal processo fica viável admitir que o indivíduo em fase de aprender a ler torna-se também um adaptador da realidade que o cerca, derrubando mais uma vez a concepção de criança vazia e passiva.
Numa segunda parte do texto é apresentada uma pesquisa in loco, onde as crianças foram confrontadas com imagens e supostas combinações de símbolos gráficos, nem sempre lógicas, para que as mesmas, ainda não alfabetizadas, identificassem se aquilo seria ou não passível de ser lido. A experiência comprovou que não dominar a leitura não é obstáculo para caracterizar um texto que possa ser lido. Os parâmetros adotados variaram da quantidade de caracteres até a variedade dos mesmos, onde a grande maioria das crianças revelou que palavras que possuíam acima de três caracteres já eram próprias para ser lida, levando em conta que a variedade ou não das letras, bem como a inserção de números, tornava uma palavra “apropriada ou não para a leitura”.
A visualização dos desenhos que acompanhavam, foi classificada das mais diversas formas, desde sua utilização na aprovação da palavra até sua própria incorporação como elemento de leitura. Não restam dúvidas que Ferreiro e Teberosky estão muito bem apoiadas na proposta que se submeteram a fazer tratando de um tema explorado cegamente pelos demais autores da área. A análise que sugere respeitar o prévio do aluno ultrapassa os limites da sala de aula, pois sabemos que são muitos os fatores, tanto sociais quanto políticos e econômicos, que vislumbram explicar as constantes derrotas obtidas pelos alunos no processo de “tentativa de aquisição da leitura e escrita”, ao menos essa escrita carregada de convenções propostas pelo social.
Nossa realidade é bem mais chocante do que possa parecer a do texto, mas ao propor culpados para o fenômeno, devemos repensar o real papel que um pedagogo deve assumir, não assim chamado pela sua formação e, portanto, assumindo um papel burocrático, mas principalmente pelas suas convicções pedagógicas. O que resume isso é o fato de nos sentirmos de mãos atadas para resolvermos um problema tão corriqueiro e reincidente e, no entanto, nada tentar fazer.
Pode parecer contraditória essa idéia anterior, mas nossos alunos carecem de um mínimo de atenção especializada, algo que, principalmente em escolas públicas está muito longe de se tornar uma realizada plausível.







"Amantes da Educação"


Adilma Miranda
Elisabete Mendes
Ivânia rosalina
Julia Gláucia
Luciana Trindade








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