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A Prática Reflexiva no Ofício do Professor

PHILIPPE PERRENOUD
                                                  


                                                            BIOGRAFIA

    Philippe Perrenoud  é doutor em Sociologia e Antropologia, tem 59 anos. Atua nas áreas relacionadas a currículo, práticas pedagógicas e instituições de formação nas faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra e diretor adjunto do “Service de La Recherche Sociologique”. 
     Apesar de atuar nestas áreas, o autor não é um Pedagogo de formação. Seu interesse em estudar as problemáticas educacionais surgiu durante o seu doutoramento em Sociologia, quando teve a oportunidade de estudar o processo de evasão escolar e suas referências com as desigualdades sociais. No Brasil, alcança vários professores com suas idéias inovadoras sobre a formação de professores e avaliação dos alunos, assuntos amplamente discutidos e matéria de constantes considerações a partir de seu enquadramento nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
     É autor de uma vasta obra científica, na qual tem dado importantes contribuições teóricas às Ciências da Educação, com mais de 150 títulos.

Entre suas publicações, podemos destacar as que se seguem abaixo:
    

                                                                                                   






  

                             


                              Um pouco da vida de Philippe Perrenoud     

                                  Frases, Pensamentos e Poesias    

                                               

 


Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.
''Anônimo''

Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.
''Confúcio''

As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
''Lilian Tonet''

Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito.
''Machado de Assis''

Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.
''Platão''

O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.
''Fernando Pessoa''

A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
''Vinícius de Moraes''

O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
''Cora Coralina ''    


                                                             
Canção do dia de sempre      

Tão bom viver dia a dia...                                             

A vida assim, jamais cansa...    
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
 
  Mario Quintana



                     Obra escolhida pelo grupo:



A Prática Reflexiva no Ofício do Professor


 Nesta bela obra, composta de uma introdução e dez capítulos; o autor aponta a prática reflexiva como ferramenta essencial para que o professor exerça de maneira consciente seu ofício, sua caminhada profissional.       

   A partir do trabalho de Donald Schon, Perrenoud apresenta o paradigma reflexivo como um processo de mudança na maneira de agir do professor, reforçando seus vínculos com os alunos, sua maneira de enxergar a realidade, estabelecendo também o vínculo entre cotidiano e sala de aula, na resolução dos problemas do dia a dia.   

Segundo Perrenoud (2002), o profissional deve reunir competências, que não pode acontecer sem saberes abrangentes; saberes acadêmicos, saberes especializados e saberes oriundos da experiência. O profissional, atuando em qualquer área de sua escolha, nunca parte do nada. Sua partida exige mais que um repertório de receitas; exige um procedimento de resolução de problemas, uma forma de invenção.     

 No cume do exercício de qualquer profissão, a figura do profissional reflexivo é condição imprescindível, pelo menos quando a consideramos sob o ângulo da especialização e da inteligência no trabalho. Principalmente no início da carreira, a reflexão deve ser um dos objetivos de qualquer profissional, principalmente o professor. 

Segundo Perrenoud (2002), a idéia de reflexão na ação e sobre a ação está ligada à nossa experiência do mundo, mesmo que não a exerguamos de maneira muito transparente. O autor nos mostra que a reflexão na ação é o modo de funcionamento de uma competência de alto nível, enquanto que a reflexão sobre a ação é uma fonte de auto-informação e de evolução das competências e dos saberes profissionais, por isso o professor deve refletir sobre tudo que acontece na sala de aula, longe do calor da ação, pois, no fogo da ação pedagógica, temos pouco tempo para meditar de maneira retrospectiva e prospectiva, onde refletimos sobre o que já foi feito e sobre o que se vai construir o que leva o professor a reexaminar constantemente seus objetivos, seus procedimentos, suas evidências e seus saberes. 

A idéia de que o professor precisa ser um pesquisador da própria prática, não é recente; é um antigo estudo de Dewey e outros pedagogos. A idéia que através da pesquisa o professor pesquisando sua própria prática, percorre novos caminhos, aprende com a experiência e leva em conta sua própria trajetória, a evolução que ele mesmo constrói em sala de aula, evidencia sua importância, principalmente no início da carreira.

O professor interagindo com os alunos, construindo métodos que incentivem essa interação, se depara com muitas surpresas e a certeza de que em sala de aula, no tetê à tetê diário, não existe fórmulas mágicas, não existe certezas. Os desafios são inúmeros e diários, exigindo diálogo, interação e respeito.

O autor coloca que a postura reflexiva, é uma ferramenta com a qual o professor desenvolve a qualidade necessária à sua prática. Que uma postura reflexiva, não se aprende na escola em que esse professor está se formando, ou se formou; é uma questão de hábitus. Um hábitus saudável que junto com os saberes eruditos, que são transmitidos pela forma tradicional, nas instituições de formação, deve estar aliada à prática. Assim como as ciências médicas, de engenharia e outras áreas específicas, que estão alicerçadas na prática juntamente com a teoria, as escolas que formam professores devem valorizar e estender seus estágios para que na prática o futuro professor, desenvolva competências que não podem lhe ser ensinado através das teorias. Uma excessiva preocupação em transmitir saberes, pode impedir que o professor desenvolva a prática reflexiva. Uma das maneiras para que as escolas de formação desenvolvam no futuro professor a prática da reflexão é através da pesquisa, pois, através dela, questionamentos são formulados, construindo conceitos e hipóteses, sendo preciso que se considere todas as possibilidades de aprendizagem, sem se concentrar em uma apenas. No modelo clássico, a teoria precede a ação, no modelo reflexivo, teorias são desenvolvidas à partir da ação. O conhecimento erudito não é desprezado, mas sim, confrontado com a realidade. A prática desmistifica a idéia de que se pode resolver tudo apenas com a teoria. O confronto com a realidade, a resolução dos problemas que surgem através desse confronto, vão delineando a construção de recursos teóricos e metodológicos necessários para resolver os problemas do momento. O professor deve usar seu dia a dia como laboratório vivo, através do qual ele aprenderá a enfrentar os desafios, buscar solução para os mesmos e encontrar o equilíbrio necessário para não se deixar levar pelo impulso, quando da necessidade de intervir em qualquer situação de desafio, dentro da sala de aula.

A análise coletiva das práticas pedagógicas é apontada pelo autor como uma iniciação à prática reflexiva, pois, através das discussões entre os envolvidos no trabalho escolar, numa visão de todo, o professor iniciante não se sente isolado e juntamente com seus alunos irá construir práticas adequadas à sua realidade dentro da sala de aula. O hábitus da reflexão sobre o trabalho mostra que nem sempre o professor tem consciência de suas ações, sendo difícil mensurar o caráter repetitivo de nossas ações e reações em situações de urgência ou de rotina.

Segundo Dubet (1994), o ser humano é capaz de improvisar diante de situações inéditas e de aprender com a experiência, para agir de forma mais eficaz quando surgem situações similares. Numa relação subjetiva com seu aluno, a reflexão ajuda a afirmar a identidade de todos para enfrentar a complexidade do mundo e da própria relação, sendo a reflexão um trabalho de transformação para melhor viver consigo mesmo.

Sobre a prática reflexiva e envolvimento crítico, o autor revela que o trabalho reflexivo estabelece novos elos entre profissão e a missão da escola, abandonando a idéia de que o professor é o único “capitão” do barco, propondo uma visão de conjunto da problemática, unindo de modo mais claro a postura reflexiva à posição dos professores na sociedade, dialogando com todos.

Segundo Perrenoud (2002), o bom senso leva-nos a crer que, se a sociedade muda, a escola tem de evoluir junto com ela, antecipar e até aspirar transformações culturais.

Finalmente vincula o paradigma reflexivo, a razão pedagógica e análise do trabalho ligando a prática reflexiva com a profissão do professor, que com o desenvolvimento de uma postura e de práticas reflexivas mais amplas, constantes e instrumentalizadas; é a chave da profissionalização do ofício e, portanto, uma condição para sair do impasse ao qual nos leva a maioria das reformas escolares.

Segundo o autor, o paradigma reflexivo é um emblema da profissionalização, entendida como um poder dos professores sobre seu trabalho e sua organização, um poder abertamente assumido, com as correspondentes responsabilidades, não através de brigas, mas de negociação com os envolvidos no processo educativo.


                                                                                               





                                                         INFÂNCIA     


 Sou sapeca                       
 Levada a breca
 Corro descalço
 Brinco de boneca
 Gosto de tudo
 Que me interessa
 Dentro do galpão
 De polícia e ladrão
 Na passarela
 Como Cinderela
 Correndo na praça
 Fazendo arruaça
 Cabelos ao vento
 Tão cheios de graça
 Batendo um bolão
 À beira do ribeirão
 Em casa estudando
 Fazendo a lição
 Num abraço apertado
 Pedindo a benção
 Sou forte, sou fraca
   Guardando lembranças
   Sou um pouco de tudo                                                                                                                                                                                                
                                                          Sou apenas criança!
                                                               Mayre Montanha







Referências bibliográficas:


PERRENOUD, Fhilippe. Educar para crescer.
Acesso em 07/05/2012 as 16h35mn.


Wikipédia. A enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Philippe_Perrenoud
Acesso em 08/05/2012 as 11h55mn.

PERRENOUD, Fhilippe. A teoria das competências.
Acesso em 07/05/2012 as 20h20mn.

http://www.unige.ch/fapse/life/livres/alpha/P/Perrenoud_1993..
Acesso em 08/05/2012 as 12h30mn.


PERRENOUD; Vida de. Disponível em:
http://pensador.uol.com.br/vida_de_philippe_perrenoud/
Acesso em 07/05/2012 as 17h10mn.





Componentes da equipe 3.


 Janair Pita dos Santos
 Joseana Maria dos Santos Ferreira
 Luciene Oliveira de Queiroz e Queiroz
 Mª Riviane Kedna Oliveira Lima
 Mayre da Penha Fonseca de Câmara Falcão e Carvalho Montanha
 Sara Brandão Lima







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