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domingo, 3 de junho de 2012

Pedagogia da Autonomia


PAULO FREIRE
  
                                            


Paulo Reglus Neves Freire , educador pernambucano,nasceu em 19 de setembro de 1921 na cidade de Recife.Foi alfabetizado pela mãe que o ensinou a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da familia.Com 10 anos de idade, a familia mudou para a cidade de Jabotão.Formou-se em direito.Foi educador e filosofo brasileiro.Considerado um dos pensadores mais notáveis da historia e da Pedagogia mundial.Em 1963 chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês.Teve suas obras traduzidas em  20 idiomas.Casado 2 vezes, teve 5 filhos.Faleceu em 02 de maio de 1997 de enfarte.Considerava o ser humano como historico e inacabado.Criador do termo "Educação Bancaria".Seu maior obejtivo era conscientizar o aluno.É Patrono da Educação Brasileira
A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.

                                                 
                               


Algumas obras em destaque do educador Paulo Freire, entre outras:

  • Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
  • Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
  • À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.1970 
  • Educação e mudança
  •                                                      

Pedagogia da autonomia do professor Paulo Freire relata propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação como forma de proporcionar a autonomia de ser dos educandos respeitando sua cultura, seu conhecimento empírico e sua maneira de entender o mundo que o cerca. 

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 Paulo Freire ressaltou que a temática abordada neste livro foi uma constante preocupação ao longo de sua vida como educador. Esta obra é um condensado de pensamentos defendidos em seus outros livros, que visam à integração do ser humano e a constante procura de novas técnicas que valorizarão a curiosidade ingênua e crítica, se transformando em epistemológica.
Destaca valores como simplicidade, humanitarismo, esperança e bom senso: aspectos distantes da sociedade atual, onde o capitalismo impera conduzindo as massas ao consumismo desenfreado e a alienação coletiva pelos meios de comunicação. O abandono educacional em que vivem nossas escolas prende-as as táticas de ensino ultrapassadas e desconexas.

Segundo  Freire, ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou sua construção. Uma vez que quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprendiz, numa bastante troca de conhecimentos. Ensinar deve ser um processo estimulante para que o aprendiz torne-se um sujeito criativo, critico e ativo, não aceitando uma educação bancária em que se acomodem com o que lhe é imposto deformando sua criatividade, não por causa dos conteúdos lhes transmitido, mas por causa do processo de aprender que supera o autoritarismo da educação bancaria. Percebe-se que o papel do educador não é só ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo, para poder enxergar o mundo criticamente. O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos a beleza de fazermos parte de um mundo onde temos a capacidade de conhecer e intervir. Mas para isso precisamos conhecer o conhecimento existente e que estamos abertos a conhecer o inexistente. Faz parte da natureza da pratica docente a indagação, a busca, a pesquisa, pois não há ensino sem pesquisa. Enfim, para Paulo Freire o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos. Ensinar é uma especificidade humana, pois exige competência profissional, generosidade, comprometimento, compreende que a educação é uma forma de intervenção no mundo, liberdade e autoridade, tomada consciente de decisões, saber escutar e reconhecer que a educação é ideológica. Logo, o educador deve comprometer-se com a educação para a liberdade, para a vida, com sentido contextual em que a realidade possa ter diferentes possibilidades no mundo. A criança aprende, à medida que interage com o objeto do conhecimento. Logo aprender não vem de fora para dentro, e sim de dentro para fora. Aprendizagem se constitui no devir, no caminhar a uma intencionalidade que se pauta na essência social, na realidade, na concepção de que a ação e a reflexão são necessárias para construção do conhecimento. A aprendizagem se evidencia na mudança de comportamento, no desenvolvimento da autonomia, na construção social-cultural. O aprender é subjetivo e objetivo dar-se a todo o momento, na vivência social.
Freire mostra que o ensinar possui diversas exigências como o bom senso, a alegria, a esperança convicção que a mudança é possível. Assim o que importa na atuação docente não é a repetição mecânica, mas sim a compreensão dos sentimentos, das emoções. A educação bancária caracteriza-se pela relação entre o educador (que é o dono conhecimento) o educando (que é receptor do conhecimento). O educador por ser aquele que tudo sabe deposita seus conhecimentos nos educandos, que na sua total ignorância recebem passivamente os conhecimentos.
Nesta condição o aluno é mero ouvinte. Como conseqüência deste procedimento baseado na fala temos uma cristalização da realidade, pois o aluno não participa do processo, pelo qual deveria ser sujeito ativo. Freire, explica a condição do professor:

[...] o educador aparece como seu indiscutível agente, como o seu real sujeito, cuja tarefa indeclinável é ‘encher’ os educandos dos conteúdos de sua narração. Conteúdos que são retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e me cuja visão ganhariam significação.

Nesta citação temos a definição da pedagogia bancária. Freire quando fala em encher é realmente o significado de depositar conteúdos desvinculados da realidade nos alunos, como são recipientes que devem cumprir como regras recebendo, memorizando e arquivando. Esta “habilidade” de processar e memorizar a informação que são averiguados pelo educador através das avaliações. Entretanto, este conhecimento insignificante não serve para ser utilizado no cotidiano dos alunos, assim, há uma diferença entre a escola e a vida cotidiana.
Segundo Paulo Freire a escola tem o dever de respeitar os alunos valorizando seus conhecimentos prévios e experiências relacionando com o ensino dos conteúdos. A escola tem que ensinar os conteúdos sem fazer distinção entre os alunos que a partir dos conhecimentos adquiridos escolheram e seguirão seus próprios caminhos.
A escola deve ser um espaço de aprendizagem que visem autonomia do educando, propiciando os múltiplos saberes que são necessários na vida cotidiana. A escola para Paulo Freire deve romper com a educação bancária, que permite apenas a reprodução do saber, que é uma educação mecânica e sem sentido.  Sempre que possível, trabalhar seu conhecimento empírico, sua experiência anterior. Aconselha-se a discussão sobre os problemas sociais que as comunidades carentes enfrentam e a desigualdade que as cercam.
Dentro do espaço pedagógico em que o educando está inserido é inadmissível qualquer tipo de permissividade, pelo contrário, Freire atenta seu olhar ao fato de que o educador tende a estimular a liberdade por meio da disciplina. E manter esse ambiente, por meio de sua figura como autoridade, isso é, de quem coordena as atividades, consciente do respeito, possuindo humildade e ética necessária para a prática educativa se efetivar, e depositar responsabilidade em seus alunos e a partir dessa atitude, impor os limites de comportamentos dentro do espaço escolar para de fato usarem de maneira correta a liberdade concedida.
Para Freire, o educador que respeita a vida, as pessoas, os seres humanos como inconclusos no caminho dialético do conhecimento percebe a autonomia, o bom senso, a humildade, tolerância, ética  exigidas a  todos os sujeitos do processo. O educador democrático trabalha com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis. Ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, todavia se alonga à produção de condições em que aprender criticamente é possível, exigindo a presença de educadores e alunos criativos, investigadores e inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Nas condições de verdadeira aprendizagem os alunos e educadores vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado. Como eixo norteador de sua prática pedagógica, Freire defende que "formar" é muito mais que formar o ser humano em suas destrezas, atentando para a necessidade de formação ética dos educadores, conscientizando-os sobre a importância de estimular os educandos a uma reflexão crítica da realidade em que está inserido.



Referencias Bibliográficas:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à Prática Educativa Editora Paz e Terra. Coleção Saberes.
pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire


 





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